terça-feira, 30 de outubro de 2012

Povo preto! Somos a resistência

Postado por Ilana Aguiar às 19:12 0 comentários
Por não terem conseguido escravizar os índios , os porcos dos europeus passaram a explorar a mão-de- obra , do meu povo. Os colonizadores nos via apenas como mão-de-obra e não como pessoas que tinham a própria história e nossos próprios valores. Meu povo , Sim! Os africanos (minha raiz) fomos o que mas contribuiu para o povoamento da nossa cidade. E lhe digo ainda mais , com base em pesquisa que tenho feito no final do século XVlll a metade da população de Salvador era negros. Sim! minha gente. Filhos de minha mãe áfrica , que veio resistindo a escravidão , refugiando-se em Quilombos. Zumbi dos palmares , simboliza a resistência negra contra á escravidão. Ele mesmo o líder do Quilombo dos palmares. Nossa arma , nossa maneira de defesa era a capoeira , só assim conseguiamos resistir a exploração dos portugueses.


Meu povo é rico , trouxemos importante conhecimento e práticas influenciando nossa cultura , como na língua , nas religiões , nas artes. [...]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A poesia do teu corpo

Postado por Ilana Aguiar às 21:51 0 comentários
Bebeu o perfume dos sorrisos trazendo a doçura , tomando seu corpo , se derramando no infinito. A chuva caindo e sussurrando: "Venha , me beija. Se molha e deixa que assim seja". Aquela boca vadia , que causava euforia , lhe queria nua escorrendo á delicdeza impregnada na paz do teu corpo no escuro , com as mãos resplandecendo a sombra , cantando cada canção ritmada da tua pele , chupando todo teu suor , lhe devorando , lhe mantendo cativo. Teus dedos melindrosos , transmitindo a firmeza do teu peito , faziar arder , gemer , clamar. Puro e afável ao paladar que dissolve na boca e traz amor , ternura , desejo. A poesia do teu corpo enfeitiçou , meu querer.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Teu negro , teu canalha

Postado por Ilana Aguiar às 18:28 0 comentários
Aquele olhar nítido como um girrasol , olhava para os lados , pois era algo que nunca tinha visto. Uma simples negra fazendo hamulak com cabelos ao vento , naquele rosto sujo , e cobrindo a sua nudez com hakfolix , coisa que era raro de se ver. Aquela negra [...] Ah! uma negrinha bela , com os olhos á procura da lua , do mar azul , das estações , do teus olhos. A noite escura de lua nova as estrelas confundiam o céu de mistério. E quem pareceu no samba? A negrinha com seu vestido amarelo , cantava e sorria na espera de passar seu mulato. Então , apareceu um lindo rapaz com uma luz e a sombras protegendo-o , e a brisa perfumada erguendo seus cabelos e refrescando sua corada face. Ali ele ficou olhando aquela charmosa negrinha , que havia visto na varada praticando hamulak que o enfeitiçou. E sussurrou:

Negrinha da minha vida , me enfeitiçou
Tua cara é veneno , que me enfeitiça
Não para de cantar não , negrinha
Zomba de mim , mas não deixa de querer-me
Sou teu negro , e teu canalha

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Acorrentou-me a alma

Postado por Ilana Aguiar às 22:53 2 comentários
Lágrimas de chuva molhando o vidro da janela , e eu de outro lado a lhe imaginar. Como se eu estivesse sentindo seus lábios grudar na minha nuca , uivando no meu ouvido , acariciando meu rosto, e meus olhos só permanecia fechados , sem ao menos consegui-lo abrir. A cada vez que caia lágrimas de chuva embaçando a janela ,  a imaginação se tornava mais forte e eu sentia suas coxas sobre meu corpo , como se fosse uma segunda pele , e eu ali refém  não me permitindo sentir saciada por completo. Queria mais , mais arrepios , fogo , palavras ao pé do ouvido , prazer , mas intensidade. A luz do seu corpo me fascinava , o poema que seu corpo transmitia me seduzia[..] Conseguia ver a chama azul sobre sua pele , que é água ao contrário de fogo e nos saciávamo-nos. A saliva enxugando o suor do seu corpo , e eu já estava perdida. Acorrentou-me a alma. Socorro!
 

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